quarta-feira, 20 de outubro de 2010

EFEITOS — AGRADÁVEIS OU DOLOROSOS?


 A atração e o desejo sexuais, nas circunstâncias certas, podem ter bons efeitos. Naturalmente, um deles são os filhos. O primeiro caso registrado de relações sexuais diz: “Adão teve então relações com Eva, sua esposa, e ela ficou grávida.” (Gênesis 4:1) Na família, os filhos resultantes podem ser fonte de verdadeira felicidade. Que dizer, porém, das relações sexuais de pessoas ainda não casadas? Muitas vezes, o efeito é o mesmo: gravidez e filhos.

 Muitos dos que se entregam às relações sexuais pré-maritais acham que isso não deve preocupar muito. Eles estão pensando nos contraceptivos disponíveis. Em alguns lugares, os adolescentes podem obtê-los sem que os pais saibam disso. Não obstante, a gravidez entre adolescentes é abundante, mesmo entre jovens sofisticadas, que dizem: “Não podia ter acontecido comigo.” Reportagens tais como as seguintes provam isso:

“Mais de um em cada cinco bebês nascidos na Nova Zelândia, no ano passado, nasceu a uma genitora não. casada.”

“De cada três mulheres britânicas de menos de 20 anos, que recitam seus votos maritais, uma já é mãe expectante.”

“Uma dentre cada cinco mães adolescentes [nos E.U.A.] ficará grávida antes de completar o segundo grau escolar.”

 Este efeito doloroso do sexo antes do casamento tem exercido pressão sobre muitas moças e muitos rapazes. Algumas procuram o aborto. No entanto, pessoas sensíveis ficam muito perturbadas diante da idéia de destruir uma criança em desenvolvimento dentro da mãe. (Êxodo 20:13) As emoções e a consciência femininas também estão envolvidas. Estas são tão fortes, que muitas daquelas que permitiram o aborto mais tarde o lamentaram profundamente — Romanos 2:14, 15.

 A gravidez de adolescentes traz consigo maiores riscos para a mãe e para o filho do que a gravidez duma mulher adulta. Há maior perigo de anemia, toxemia, hemorragia anormal, trabalhos de parto mais prolongados e parto induzido, bem como a morte durante o parto. O bebê que nasce de mãe de menos de 16 anos tem duas vezes mais probabilidades de morrer durante o seu primeiro ano. Os nascimentos ilegítimos trazem também aos pais muitos problemas pessoais, sociais e econômicos. Além disso, a segurança e o desenvolvimento da criança dependem em grande parte dum ambiente estável no lar. Os filhos que ficam privados disso pela ilegitimidade podem ficar seriamente prejudicados pelo resto da vida. Então, diria que os efeitos gerais do sexo pré-marital são agradáveis ou dolorosos? E constitui o conselho bíblico: ‘Abstenha-se da fornicação’, uma proteção sábia?

 Não fazerem caso do conselho bíblico expôs também muitos a outro efeito doloroso: a doença. As mulheres que iniciaram sua vida sexual na adolescência, com diversos homens, têm uma proporção muito mais elevada de câncer cervical. Há também o perigo bem real duma doença venérea. Alguns enganam-se em pensar que a gonorréia e a sífilis podem ser facilmente detectadas e curadas. Mas os peritos da Organização Mundial de Saúde da ONU relatam que algumas bactérias de doença venérea são agora resistentes aos antibióticos. Os médicos preocupam-se também com o aumento do herpes genital. Este amiúde prejudica as crianças nascidas de mulheres contagiadas. Sim, muitas pessoas jovens estão aprendendo, para a sua tristeza, a veracidade da advertência bíblica:

“Todo outro pecado que o homem possa cometer é fora de seu corpo, mas quem pratica fornicação está pecando contra o seu próprio corpo.” — 1 Coríntios 6:18.

 Alguns acham que o sexo pré-marital provê experiência que pode tornar mais fácil o ajuste sexual no casamento. É comum, em alguns países, que os pais abastados levem seus filhos a prostitutas para “educação”. Alguns talvez achem que isso é útil. Mas, realmente não é, segundo o nosso Criador, que tem observado todas as experiências humanas. Manter antes a castidade lança uma base muito melhor para um casamento feliz. Certos estudos canadenses revelaram que os adolescentes que praticaram cedo o sexo pré-marital têm mais probabilidade de virem a enganar seu cônjuge depois de casados. Mas os que antes se mantêm castos têm maior probabilidade de serem castos no matrimônio; o respeito e a honra que tiveram pelo matrimônio antes do dia do casamento continua depois.

SEXO ANTES DO CASAMENTO — POR QUE NÃO?


 O impulso e a faculdade sexuais costumam despertar e aumentar durante a adolescência. Assim, no decorrer da história, muitos dos jovens têm tido relações sexuais antes do casamento. (Gênesis 34:1-4) Mas, nos últimos anos, o sexo pré-marital tem-se tornado cada vez mais comum. Em alguns lugares é quase que a regra geral. Por quê?

 Um motivo do aumento do sexo pré-marital tem que ver com a publicidade dada ao sexo nos filmes e nas novelas populares. Muitos jovens ficam curiosos, querem ‘saber como é’. Isto, por sua vez, cria pressões entre os da mesma idade e influencia outros a se ajustarem. Visto que o sexo antes do casamento e o sexo sem casamento se tornaram amplamente difundidos, muitos clérigos dizem agora que é permissível, desde que ambas as partes ‘se amem’. São cada vez mais os solteiros que se vêem confrontados com a questão: ‘Por que não manter relações sexuais, especialmente se usarmos o controle da natalidade?’

 O colunista médico Dr. Saul Kapel alistou outros motivos para o sexo pré-marital, e fez as seguintes observações sobre os efeitos:

‘Abusa-se do sexo como meio de rebelião contra os pais. Abusa-se dele para chamar atenção, como uma espécie de “pedido de socorro”. Abusa-se dele como meio de “provar” a masculinidade ou a feminilidade. Abusa-se dele como muleta social, na tentativa vã de obter aceitação.

‘Quando se abusa assim do sexo, ele nunca resolve os problemas que o motivam. Usualmente apenas os obscurece.’

 Não importa quais os motivos para o sexo pré-marital, não importa quão comum seja, não importa quantos conselheiros e clérigos o aprovem, a Bíblia aconselha:

“Isto é o que Deus quer, . . . que vos abstenhais de fornicação; . . . que ninguém vá ao ponto de prejudicar e de usurpar os direitos de” outro. — 1 Tessalonicenses 4:3-6.

Alguns talvez achem que Deus é nisso desnecessariamente restritivo. Mas, não se esqueça de que o próprio sexo é uma dádiva de  Deus; foi Ele quem criou os humanos com a faculdade da procriação. (Gênesis 1:28) Não é lógico que o Autor do sexualismo humano possa dar o melhor conselho sobre ele, conselho que realmente possa proteger-nos contra o dano?

Sexo — que conselho funciona mesmo?


SE FOSSE fazer uma pesquisa sobre: “O que dá felicidade?” muitas das respostas envolveriam o sexo. Isto é de esperar, porque as sensações e os desejos sexuais são algo dado por Deus, que faz parte de toda pessoa normal e sadia.

 Os debates sobre o sexo têm ficado mais francos do que em gerações passadas. A conduta sexual também mudou. São cada vez mais os jovens que começam a ter relações sexuais já cedo na vida, mesmo no começo da adolescência. Milhões de casais, inclusive muitos aposentados, convivem e têm relações sexuais sem serem casados. Entre os casados, muitos têm experimentado o sexo em grupo, a troca de esposas ou o “casamento aberto”, em que ambos os cônjuges concordam em ter relações sexuais fora do matrimônio.

 Diversas fontes oferecem conselhos sobre estes assuntos. O que hoje e considerado como popular tem sido estimulado ou pelo menos aprovado por muitos médicos, conselheiros matrimoniais e clérigos. Alguns tiram suas idéias de livros “explanatórios” ou de artigos de revistas. O pensamento de outros é moldado pelos cursos de educação sexual na escola. Mais outros simplesmente adquirem suas idéias de novelas, de filmes e de espetáculos de televisão, que tratam explicitamente do sexo.

 Conforme a maioria das pessoas sabe, a Bíblia também considera este assunto. Muitos tendem agora a afastar-se das normas bíblicas, achando que estas são muito restritivas. Mas, é este o caso? Ou será que a aplicação do conselho bíblico realmente protege a pessoa contra muita mágoa e torna possível encontrar maior felicidade na vida?

sábado, 2 de outubro de 2010

Aja assim como deseja se sentir


Para vencer uma depressão profunda, é preciso persistir em buscar verdadeira jovialidade e afabilidade. (Compare com Atos 20:35.) Isto exige romper a entrincheirada disposição para a solidão agindo exatamente ao contrário de sua mortífera letargia. Aja com felicidade, dance, cante uma alegre canção. Faça qualquer coisa que reflita felicidade. Exagere nisso, exceda-se, desaloje a disposição soturna com pensamentos felizes. Tais como?

Tais como os de Filipenses 4:8: “Por fim, irmãos, todas as coisas que são verdadeiras, todas as que são de séria preocupação, todas as que são justas, todas as que são castas, todas as que são amáveis, todas as coisas de que se fala bem, toda virtude que há e toda coisa louvável que há, continuai a considerar tais coisas.”

O que é preciso é dar à sua vida um significado. Se achar que a sua vida tem significado, você será energizado a corresponder a isso e a tentar cumpri-lo. Provavelmente não cairá no sentimento de desalentada solidão. Isto se mostra de maneira interessante no livro de Viktor Frankl, Man’s Search for Meaning (A Busca de Significado Pelo Homem). Ele aborda isso com relação aos prisioneiros nos campos de concentração de Hitler. Aqueles que não tinham senso de significado na sua vida sucumbiram à solidão e lhes faltava a vontade de viver. Mas “a conscientização de seu valor interior é ancorada em coisas mais elevadas, mais espirituais, e não pode ser abalada pela vida no campo [de concentração]”. Ele continuou: “O sofrimento de alguma maneira deixa de ser sofrimento no momento que encontra um significado, tal como o significado do sacrifício. . . . A preocupação principal do homem não é obter prazer ou evitar a dor, mas sim ver um significado na sua vida. É por isso que o homem está até mesmo pronto a sofrer, sob a condição, garantida, de que o seu sofrimento tem significado.”

Depende de você


Difícil de fazer? Mais fácil falar do que fazer? Tudo o que é meritório é mais fácil falar do que fazer. É isto o que torna o fazer tão satisfatório para a pessoa. É preciso fazer esforço especial. Uma parte de si vai junto com o dar, e a luz brilhante dentro de você fica ainda mais brilhante. Cabe a você fazer o esforço de liquidar a solidão que tenta dominá-lo. Disse um escritor na revista Modern Maturity: “Ninguém mais é responsável por sua solidão, mas você pode fazer algo a respeito. Você pode alargar a sua vida com uma simples amizade. Pode perdoar alguém que você acha que o feriu. Pode escrever uma carta. Pode dar um telefonema. Apenas você pode dar uma reviravolta na sua vida. Nenhum outro ser humano pode fazer isso por você.” Ele citou uma carta que recebera e que “acerta na mosca: ‘Digo às pessoas que depende delas afastar de suas vidas a solidão ou a idéia de não se sentir realizado. Façam algo!’”

Não é preciso limitar seus prestativos amigos a seres humanos. Disse certo veterinário: “Os maiores problemas dos idosos não são os males físicos, mas sim a solidão e a rejeição que experimentam. Por suprirem . . . companheirismo, os animais de estimação (incluindo cachorros) dão objetivo e significado numa época em que os idosos muitas vezes são alienados da sociedade.” A revista Better Homes and Gardens disse: “Animais de estimação ajudam a tratar os emocionalmente aflitos; motivam os fisicamente doentes, os deficientes físicos e os incapacitados; e revitalizam os solitários e os idosos.” Outro artigo de revista disse sobre pessoas que recentemente haviam cultivado interesse em animais de estimação: “As ansiedades dos pacientes diminuíam e eles podiam expressar amor a seus animais de estimação sem medo da rejeição. Mais tarde passaram a se comunicar com pessoas, primeiro falando a respeito do cuidado com os seus animais de estimação. Passaram a sentir uma responsabilidade. Sentiram-se necessários, algo dependia deles.”

É muito comum que a vítima da solidão não cobre suficiente ânimo para ajudar a si mesma, para erguer a si mesma das profundezas do seu desespero. Há uma inércia, uma falta de disposição para se esforçar nesse sentido, mas se ela há de chegar à raiz de sua solidão isto tem de ser feito. O Dr. Tiago Lynch escreveu a respeito da resistência das pessoas a conselhos que acham difícil de aceitar: “A condição humana é tal que, em geral, resistimos a ouvir, ou, pelo menos, resistimos a incorporar no nosso comportamento informações que não gostamos.” A pessoa talvez queira fugir de sua solidão, mas talvez não se disponha a reunir a força de vontade necessária para efetuar a libertação.

Solidão — está decidido a lutar contra ela e vencê-la?


SENTE solidão? Há ocasiões na vida em que é natural sentir solidão, seja você casado ou solteiro, homem ou mulher, idoso ou jovem. Saiba também que estar sozinho não necessariamente causa solidão. Um solitário erudito absorto na sua pesquisa não sente solidão. Um solitário artista pintando um quadro não tem espaço para a solidão. Eles prezam um momento de solidão, e a solitude torna-se então a sua melhor amiga.

O sentimento de verdadeira solidão cresce do nosso interior, e não do exterior. A solidão pode ser causada por algum evento triste — morte, divórcio, perda de emprego, alguma tragédia. Se iluminamos bem o nosso mundo interior, essa solidão pode diminuir, talvez até mesmo desaparecer com o tempo, e a perda que nos afligiu pode ser superada, absorvida.

Os sentimentos emergem de nossos pensamentos. Depois que uma perda foi superada e os sentimentos que ela induziu tiverem recuado para o plano de fundo, é tempo de se dar primazia a pensamentos edificantes que lhe permitam levar avante a sua vida.

Mexa-se. Assuma o comando sobre si mesmo. Há coisas positivas a fazer. Portanto, seja extrovertido. Telefone para alguém. Escreva uma carta. Leia um livro. Convide pessoas à sua casa. Tenha um intercâmbio de idéias. Para ter amigos, é preciso você mesmo ser amigável. Faça primeiro uma introspecção para depois se achegar a outros. Pratique pequenos gestos de bondade. Partilhe com outros alguns consoladores petiscos espirituais. Achará certas as palavras de Jesus: “Há mais felicidade em dar do que há em receber.” Constatará outra verdade proverbial: “Aquele que rega liberalmente os outros também será regado liberalmente.” — Atos 20:35; Provérbios 11:25.