Alguns estudiosos do século 20 acreditavam que os avanços na tecnologia libertariam as pessoas do tédio do trabalho e marcariam o início de “uma era de lazer sem precedentes”.
No início da década de 30, Julian Huxley, professor universitário, previu que no futuro ninguém precisaria trabalhar mais do que dois dias por semana. Walter Gifford, um executivo, declarou que a tecnologia daria a “todo homem a chance de fazer o que quisesse . . . , o tempo para aprimorar-se na arte de viver [e] para se dedicar mais a atividades que satisfizessem a mente e o espírito”.
Mas que dizer das aspirações materiais das pessoas? O sociólogo Henry Fairchild orgulhou-se em dizer que, “mesmo funcionando . . . no máximo quatro horas por dia”, as indústrias poderiam “fabricar mais produtos do que as pessoas conseguiriam usar”.
Será que essas predições se tornaram realidade? O crescimento econômico durante os séculos 20 e 21 foi realmente astronômico. Em teoria, isso deveria ter reduzido a carga de trabalho de modo significativo. Mas o que tem acontecido? John de Graaf escreveu: “[As pessoas] têm colhido todos os benefícios de sua produtividade na forma de mais dinheiro — ou mais bens, se preferir —, mas nenhum benefício na forma de mais tempo. Dito de modo simples, nossa sociedade tem dado mais valor ao dinheiro do que ao tempo.”