quarta-feira, 30 de março de 2011

DINHEIRO OU LAZER?


  Alguns estudiosos do século 20 acreditavam que os avanços na tecnologia libertariam as pessoas do tédio do trabalho e marcariam o início de “uma era de lazer sem precedentes”.
  No início da década de 30, Julian Huxley, professor universitário, previu que no futuro ninguém precisaria trabalhar mais do que dois dias por semana. Walter Gifford, um executivo, declarou que a tecnologia daria a “todo homem a chance de fazer o que quisesse . . . , o tempo para aprimorar-se na arte de viver [e] para se dedicar mais a atividades que satisfizessem a mente e o espírito”.
  Mas que dizer das aspirações materiais das pessoas? O sociólogo Henry Fairchild orgulhou-se em dizer que, “mesmo funcionando . . . no máximo quatro horas por dia”, as indústrias poderiam “fabricar mais produtos do que as pessoas conseguiriam usar”.
  Será que essas predições se tornaram realidade? O crescimento econômico durante os séculos 20 e 21 foi realmente astronômico. Em teoria, isso deveria ter reduzido a carga de trabalho de modo significativo. Mas o que tem acontecido? John de Graaf escreveu: “[As pessoas] têm colhido todos os benefícios de sua produtividade na forma de mais dinheiro — ou mais bens, se preferir —, mas nenhum benefício na forma de mais tempo. Dito de modo simples, nossa sociedade tem dado mais valor ao dinheiro do que ao tempo.”

Um comentário:

  1. Talvez a tecnologia tenha substituído o trabalho rotineiro, aquele automático em que o cérebro humano não precise pensar! Mas daí dizer que o homem se dedicaria mais a outras atividades de desenvolvimento do intelecto é balela - o homem é preguiçoso para mover qualquer massa e o dinheiro é impulso - A necessidade faz o homem! Assim como os alimentos estão sumindo e segundo a teoria dos nossos avós, de que chegaria um tempo em que, se teria dinheiro mas não teríamos dinheiro para comprar - faço duas observações, quando foi feito o estudo acima, não se conjecturava as redes sociais - as empresas sabem que seus funcionários trabalham rapidinho para terem tempo para as redes e a segunda observação é sobre o "alimento virtual" - ainda estamos longe de nos alimentar com luz, mas o dinheiro já se tornou virtual - ele existe, é movimentado mas nem sempre você o vê. Assim como o tempo, você sabe que ele exite, ele se desloca, mas só avança e você também não o vê. É mais rico aquele que consegue ter tempo!

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