Embora chocantes, as estatísticas sobre infidelidade e divórcio não revelam o pleno impacto que causam no cotidiano das pessoas. Além das enormes implicações financeiras, considere a colossal dimensão dos sentimentos embutidos nessas estatísticas — os rios de lágrimas derramadas, as imensuráveis confusão, pesar, ansiedade e dor excruciante que a infidelidade provoca, bem como as incontáveis e angustiantes noites em claro que os familiares passam. As vítimas em geral sobrevivem à provação, mas com cicatrizes que provavelmente durarão muito tempo. Não é fácil apagar a dor e os danos provocados.
“O colapso conjugal costuma produzir uma enorme explosão de emoções”, explica o livro How to Survive Divorce (Como Sobreviver ao Divórcio), “uma explosão que, às vezes, ameaça obscurecer a sua visão. O que você deve fazer? Como deve reagir? Como dar a volta por cima? Você talvez vacile entre certeza e dúvida, ira e culpa ou confiança e suspeita”.
Pedro passou por isso, depois que soube da infidelidade da esposa. “Quando há infidelidade”, confidencia, “um dilúvio de emoções perturbadoras o invade”. Entender a sensação de devastação é difícil para quem é vítima — quanto mais para os observadores, que pouco conhecem a situação. “Ninguém”, afirma Patrícia, “realmente entende como me sinto. Quando penso que meu marido está com a outra, sinto uma verdadeira dor física, uma dor impossível de explicar”. Ela acrescenta: “Há momentos em que eu penso que vou enlouquecer. Tem dias que parece que está tudo sob controle; no dia seguinte, já não parece assim. Tem dias em que sinto a falta dele; no dia seguinte, lembro-me das tramas, das mentiras e das humilhações.”
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