“Fui embora”, disse a mensagem no telefone — provavelmente as palavras mais devastadoras que Patrícia já ouviu de seu marido. “Eu simplesmente não podia crer nessa traição”, diz ela. “O que eu sempre mais temia — que meu marido me largasse por outra mulher — virou uma terrível realidade.”
PATRÍCIA, de 33 anos, realmente queria que seu casamento desse certo; seu marido lhe garantira que nunca a deixaria. “Nós prometemos ficar juntos, acontecesse o que acontecesse”, lembra-se Patrícia. “Eu tinha certeza de que ele falava sério. Daí . . . ele faz isso. Agora não tenho mais nada — nem mesmo um animalzinho de estimação — nada!”
Amilton jamais se esquecerá do dia em que o adultério de sua mãe veio à tona. “Eu tinha apenas 11 anos”, lembra-se. “Minha mãe andava às pressas pela casa. Meu pai a seguia, dizendo, ‘calma, vamos conversar’. Eu pressentia que havia acontecido algo terrível. Meu pai ficou abalado e jamais se recuperou totalmente. E, além do mais, ele não tinha confidente. De modo que recorreu a mim. Imagine: um homem de 40 e poucos anos recorrer a seu filho, de 11 anos, em busca de consolo e empatia!”
Seja os escândalos que abalam realezas, políticos, astros de cinema e líderes religiosos, seja a traição e as lágrimas em nossa própria família, a infidelidade conjugal continua a cobrar um preço terrível. “O adultério”, diz The New Encyclopædia Britannica, “parece ser tão universal e, em alguns casos, tão comum como o casamento”. Alguns pesquisadores estimam que de 50 a 75 por cento dos casados já foram infiéis alguma vez. Segundo a pesquisadora Zelda West-Meads, mesmo que muitos casos de infidelidade passem despercebidos, “todas as evidências apontam para um aumento”.
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