terça-feira, 15 de junho de 2010

Os Primeiros Encontros


Uma vez decida que alguém apresenta boas possibilidades para ser seu cônjuge, poderia dirigir-se a tal pessoa e expressar o desejo de conhecê-la melhor. Presumindo-se que a resposta seja positiva, seu primeiro encontro não precisa ser algo muito elaborado. Talvez um encontro para um almoço, ou até fazer parte dum grupo que sai junto, habilite-os a conhecer-se melhor, de modo a decidirem se querem levar adiante tal relacionamento. Manter as coisas um tanto informais ajuda a diminuir o nervosismo que ambos talvez sintam, inicialmente. E, por evitar expressões prematuras de um compromisso, você poderá minimizar os sentimentos de rejeição — ou de embaraço — se um dos dois perder o interesse pelo outro.
Sem levar em conta o tipo de encontro planejado, chegue na hora, vestido de modo asseado e apropriado. Demonstre as habilidades de quem sabe conversar bem. Seja um ouvinte ativo. (Tiago 1:19) Embora não existam regras inflexíveis sobre tais assuntos, um rapaz desejará seguir as regras locais de etiqueta. Estas podem incluir abrir a porta para a moça passar, ou puxar a cadeira para que ela se sente ou se levante. A moça, embora não espere ser tratada como uma princesa, deve cooperar modestamente com os esforços feitos pelo rapaz com quem ela sai. Por demonstrarem respeito mútuo um pelo outro, o par pode estabelecer um padrão para o futuro. Ordena-se ao marido que ‘honre a esposa como a um vaso mais fraco’. E à esposa que demonstre “profundo respeito pelo seu marido”. — 1 Pedro 3:7; Efésios 5:33.
Será apropriado ficar de mãos dadas, beijar, ou abraçar, e, se for, quando? As demonstrações de afeto, quando feitas como genuínas expressões de ternura — e não de paixão egoísta — podem ser encaradas como limpas e apropriadas. O livro bíblico de O Cântico de Salomão indica que foram trocadas, entre a jovem sulamita e o jovem pastor a quem ela amava e com quem em breve se casaria, algumas expressões apropriadas de ternura. (O Cântico de Salomão 1:2; 2:6; 8:5) Mas, como no caso daquele par casto, os namorados devem ter, ademais, cuidado para que as expressões de afeto não se tornem impuras ou levem à imoralidade sexual. (Gálatas 5:19, 21) Logicamente, tais expressões de ternura devem ser feitas apenas quando o relacionamento chegou a um ponto em que existe um compromisso mútuo, e o casamento parece iminente. Por demonstrar autodomínio, você poderá evitar desviar-se do objetivo básico de um namoro bem-sucedido, a saber . . .
Vir a Conhecer “a Pessoa Secreta do Coração”
Uma equipe de pesquisas comunicou o seguinte, na edição de maio de 1980 de Journal of Marriage and the Family (Revista do Casamento e da Família): “Os casamentos parecem ter mais probabilidades de sobreviver e de prosperar se as pessoas os contraírem tendo conhecimento relativamente pleno do íntimo um do outro.” Sim, vir a conhecer “a pessoa secreta do coração” de seu prospectivo cônjuge é essencial. — 1 Pedro 3:4.
Todavia, ‘puxar para fora’ as intenções do coração de outrem exige esforço e discernimento. (Provérbios 20:5) Assim sendo, planeje atividades que o ajudem a discernir o íntimo do seu par. Ao passo que ir ao cinema ou assistir a um concerto possa bastar, de início, empenhar-se em atividades que se prestem mais à conversação (tais como patinar, jogar boliche, visitar zoológicos, museus e galerias de arte) pode tornar mais fácil que vocês se conheçam um ao outro.
Para ter idéia dos sentimentos de seu par, tente empregar perguntas adaptáveis, tais como: ‘O que faz com seu tempo livre?’ ‘Se o dinheiro não fosse problema, o que gostaria de fazer?’ ‘Que modalidade de nossa adoração a Deus você mais aprecia? Por quê?’ Estas permitem respostas aprofundadas que o ajudarão a saber aquilo que seu par mais preza.
À medida que o relacionamento se aprofunda, e ambos pensam mais seriamente no casamento, há necessidade de conversas sérias sobre questões importantes, tais como seus valores; onde e como irão morar; questões financeiras, incluindo a se ambos trabalharão fora; filhos; controle da natalidade; os conceitos sobre o papel de cada um no casamento; e os alvos, tanto os imediatos como os a longo prazo, e como pretendem alcançá-los. Muitos jovens Testemunhas de Jeová se tornam evangelizadores de tempo integral ao concluírem seus estudos, e desejam continuar a servir dessa forma depois do casamento. Essa é a ocasião apropriada para os dois se certificarem de que seus alvos espirituais sejam compatíveis. É também a época de se revelar coisas, talvez em seu passado, que possam influir no casamento. Estas podem incluir quaisquer dívidas grandes ou obrigações maiores. Questões de saúde, tais como qualquer doença grave, e as suas conseqüências, também devem ser discutidas com franqueza.
Em tais palestras, siga o exemplo de Eliú, que disse: “Darei minha opinião com franqueza; as minhas palavras serão sinceras, vindas do coração.” (Jó 33:3, A Bíblia na Linguagem de Hoje) Ao explicar como seu namoro a preparou para o que se provou um casamento feliz, Ester disse: “Nunca tentei ‘fingir ser outra pessoa’ ou dizer que concordava com Juvenal quando pensava de modo diferente. Continuo não fazendo isso. Procuro ser sempre honesta.”
Não evite assuntos sensíveis, nem os abrande por temer colocar seu par em má situação. Bete cometeu tal erro durante seu namoro com João. Bete disse que acreditava em economizar para o futuro, e em não desperdiçar dinheiro. João disse que concordava com isso. Bete não examinou mais a fundo o assunto, pensando que tinham o mesmo ponto de vista sobre questões financeiras. Mas os fatos revelaram que a idéia de João sobre economizar para o futuro significava poupar dinheiro para um novo carro esporte! Depois do casamento, sua falta de acordo sobre como gastar dinheiro tornou-se dolorosamente evidente.
É possível evitar tais desentendimentos. Luísa, já mencionada, disse, em retrospectiva do seu namoro: “Eu devia ter feito muito mais perguntas, tais como: ‘E se eu ficasse grávida e você não quisesse que eu tivesse o bebê, o que você faria?’ Ou: ‘E se tivéssemos dívidas e eu quisesse ficar em casa para cuidar de nosso filho, como você lidaria com tal situação?’ Eu teria notado cuidadosamente as reações dele.” Tais palestras podem fazer vir à tona certas qualidades do coração que seria melhor que fossem observadas antes do casamento.

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