sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Os benefícios de fazer as pazes



ED ESTAVA morrendo e Bill o odiava. Duas décadas antes, Ed tomou uma decisão que fez com que Bill perdesse o emprego e isso pôs fim à amizade deles. Agora, Ed tentava pedir perdão para que pudesse morrer em paz. No entanto, Bill se negava a escutá-lo.

Quase 30 anos mais tarde, quando Bill estava para morrer, ele explicou por que não havia perdoado. “Ed não devia ter feito aquilo comigo. Eu simplesmente não quis me reconciliar com ele depois de 20 anos. . . . Talvez estivesse errado, mas era assim que me sentia.”

As desavenças não costumam ter esse resultado trágico, mas freqüentemente deixam as pessoas magoadas. Pense em alguém que passou pelo mesmo problema de Ed. Ele sabe que sua atitude causou problemas e por isso talvez conviva com uma consciência pesada e um sentimento de perda arrasador. No entanto, ele sente-se magoado quando lembra que seu amigo ofendido descartou a amizade deles como se fosse lixo.

Já alguém com a mesma opinião de Bill considera a si mesmo uma vítima inocente e talvez fique profundamente magoado. Para ele, seu ex-amigo não fez algo sem querer, mas talvez o tenha prejudicado de propósito. Muitas vezes, quando há um conflito entre duas pessoas, cada uma tem plena certeza de que está certa e que a outra está completamente errada. Quando isso acontece, dois amigos que eram muito achegados ficam, por assim dizer, em pé de guerra.

Eles lutam com armas silenciosas — um desvia o olhar quando o outro passa, e quando estão num grupo um ignora o outro. À distância, eles se observam de maneira furtiva ou se encaram de maneira fria e hostil. Quando se falam, usam palavras ásperas ou ferem um ao outro com insultos.

No entanto, ao passo que parecem ser completamente incompatíveis, é provável que concordem em certos assuntos. Talvez reconheçam que têm problemas graves e lamentam que é triste romper uma amizade achegada. Cada um provavelmente sente a dor de uma ferida supurada e ambos sabem que é preciso fazer algo para sanar isso. Mas quem vai dar o primeiro passo para acabar com o relacionamento conturbado e fazer as pazes? Nenhum deles está disposto.

Dois mil anos atrás, os apóstolos de Jesus Cristo tinham fortes discussões de vez em quando. (Marcos 10:35-41; Lucas 9:46; 22:24) Depois de uma delas, Jesus perguntou: “Sobre que estáveis disputando na estrada?” Envergonhados, nenhum deles respondeu. (Marcos 9:33, 34) Os ensinos de Jesus os ajudaram a fazer as pazes. Os conselhos dele, bem como os de alguns de seus discípulos, continuam ajudando pessoas a resolver conflitos e a restabelecer amizades. Vejamos como se faz isso.

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