sábado, 2 de outubro de 2010

Depende de você


Difícil de fazer? Mais fácil falar do que fazer? Tudo o que é meritório é mais fácil falar do que fazer. É isto o que torna o fazer tão satisfatório para a pessoa. É preciso fazer esforço especial. Uma parte de si vai junto com o dar, e a luz brilhante dentro de você fica ainda mais brilhante. Cabe a você fazer o esforço de liquidar a solidão que tenta dominá-lo. Disse um escritor na revista Modern Maturity: “Ninguém mais é responsável por sua solidão, mas você pode fazer algo a respeito. Você pode alargar a sua vida com uma simples amizade. Pode perdoar alguém que você acha que o feriu. Pode escrever uma carta. Pode dar um telefonema. Apenas você pode dar uma reviravolta na sua vida. Nenhum outro ser humano pode fazer isso por você.” Ele citou uma carta que recebera e que “acerta na mosca: ‘Digo às pessoas que depende delas afastar de suas vidas a solidão ou a idéia de não se sentir realizado. Façam algo!’”

Não é preciso limitar seus prestativos amigos a seres humanos. Disse certo veterinário: “Os maiores problemas dos idosos não são os males físicos, mas sim a solidão e a rejeição que experimentam. Por suprirem . . . companheirismo, os animais de estimação (incluindo cachorros) dão objetivo e significado numa época em que os idosos muitas vezes são alienados da sociedade.” A revista Better Homes and Gardens disse: “Animais de estimação ajudam a tratar os emocionalmente aflitos; motivam os fisicamente doentes, os deficientes físicos e os incapacitados; e revitalizam os solitários e os idosos.” Outro artigo de revista disse sobre pessoas que recentemente haviam cultivado interesse em animais de estimação: “As ansiedades dos pacientes diminuíam e eles podiam expressar amor a seus animais de estimação sem medo da rejeição. Mais tarde passaram a se comunicar com pessoas, primeiro falando a respeito do cuidado com os seus animais de estimação. Passaram a sentir uma responsabilidade. Sentiram-se necessários, algo dependia deles.”

É muito comum que a vítima da solidão não cobre suficiente ânimo para ajudar a si mesma, para erguer a si mesma das profundezas do seu desespero. Há uma inércia, uma falta de disposição para se esforçar nesse sentido, mas se ela há de chegar à raiz de sua solidão isto tem de ser feito. O Dr. Tiago Lynch escreveu a respeito da resistência das pessoas a conselhos que acham difícil de aceitar: “A condição humana é tal que, em geral, resistimos a ouvir, ou, pelo menos, resistimos a incorporar no nosso comportamento informações que não gostamos.” A pessoa talvez queira fugir de sua solidão, mas talvez não se disponha a reunir a força de vontade necessária para efetuar a libertação.

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