sexta-feira, 21 de maio de 2010

“Casamento Experimental” — Solução Satisfatória?

Naturalmente, não há nada de novo na idéia de duas pessoas viverem juntas sem primeiro se casarem. O que é novo é o número dos que fazem isso abertamente. Nos Estados Unidos, certo relatório do governo indicava que, entre 1960 e 1970, houve um aumento de 700 por cento em casais amigados. Relatórios mais recentes indicam um salto ainda maior.

Além do óbvio conflito para a consciência cristã, a questão é: Será que tais casais usufruem o “casamento”? Será que coabitarem os remove da confusão e os coloca num relacionamento significativo e permanente?

A verdade é que, embora alguns casais amigados possam viver juntos a vida inteira, em geral tais ligações têm vida curta. O fruto delas é amargo e, não raro, tão emocionalmente desastroso quanto o divórcio. Por quê?

Reflita honestamente um instante. Que espécie de relacionamento é esse que dá mais valor à ‘liberdade de partir’ do que ao verdadeiro compromisso mútuo? Embora um casal talvez afirme que não está egoistamente apenas ‘recebendo’ mas está ‘partilhando’ o prazer, será razoável dar algo tão precioso e íntimo sem haver um compromisso?

Uma definição de “experimental” é “fundado na experiência”. Pode alguém dar-se ao luxo dum casamento experimental? Afinal de contas, não estamos considerando uma peça de roupa. Se esta for rasgada ao meio ou jogada fora, a pessoa simplesmente sai e compra outra roupa. Mas, as ‘cicatrizes’ emocionais dum relacionamento íntimo cortado são de muito maior alcance; têm levado alguns ao ponto de se suicidarem.

Até mesmo os casais que genuinamente se interessam um pelo outro enfrentam o problema abalador: a insegurança. Conforme um casal amigado respondeu a um parente que perguntou por que se iriam casar agora: “Por que queremos — queremos o compromisso.”

Outrossim, que dizer do argumento de que ‘realmente a gente não sabe com certeza como será o casamento com outra pessoa até que o experimente’? Certo autor comentou sabiamente a respeito de casais amigados: “Os ajustes do casamento não podem ser testados na condição de solteiro. Os que procuram fazer um teste, mesmo quando parece ser bem sucedido, não provam que conseguem viver juntos e felizes no casamento.” E pessoas que viveram sexualmente amigadas com vários parceiros não entram num novo relacionamento com grande visão. Comparado ao pouco que tenham aprendido, o preço emocional as deixou menos capazes de enfrentar os problemas, menos prontas a dar de si mesmas e menos prontas a confiar.

Naturalmente, a virtude antiquada do “autodomínio” não é popular hoje em dia. É considerada repressiva, inibidora, prejudicial à personalidade. Todavia, em resposta à pergunta: “É perigosa a restrição sexual?”, o livro Marriage for Moderns (Casamento Para a Gente Moderna), declara: “O controle sexual antes do casamento abrange menos riscos fisiológicos, psicológicos e sociais do que a gratificação sexual.”

Assim, o “casamento experimental”, como se dá com outros mitos matrimoniais, é um alicerce perigoso e frágil sobre o qual edificar. “Bem”, talvez arrazoe, “isso me ajuda a conhecer alguns conceitos a evitar, mas será que restam quaisquer princípios ‘positivos’? Como posso saber se estou preparado para o casamento? Como posso escolher sabiamente um cônjuge?”

Simplesmente não há ‘respostas-lemas’ para tais perguntas difíceis. No entanto, existem realmente orientações para o benefício daqueles que têm visão para ‘verem bem onde pisam’. Vamos explorá-las no artigo seguinte.

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