segunda-feira, 17 de maio de 2010

O “poder da língua”

Será que você e seu cônjuge sabem conversar sobre seus problemas? Ambos devem estar dispostos a dialogar para chegar a uma solução. É verdade que essa arte nem sempre é fácil de aprender, pois, devido à imperfeição, todos nós vez por outra ‘tropeçamos em palavras’. (Tiago 3:2) E também há o fato de que alguns foram criados num lar onde o pai ou a mãe sempre davam vazão à ira. Assim, desde cedo foram condicionados a achar que explosões de ira e linguagem agressiva são normais. Um menino criado num ambiente assim pode tornar-se um adulto “dado à ira” e “disposto ao furor”. (Provérbios 29:22) Da mesma forma, uma menina que cresce em tal ambiente talvez se torne uma mulher “briguenta e de mau gênio”. (Provérbios 21:19, Bíblia Vozes) Pode ser difícil livrar-se de padrões bem arraigados de pensamento e interação.

Administrar conflitos, assim, envolve aprender novas maneiras de expressar os pensamentos. Não se trata de uma questão de somenos importância, pois um provérbio bíblico diz: “Morte e vida estão no poder da língua.” (Provérbios 18:21) De fato, simples como isso possa parecer, a maneira de falar com seu cônjuge pode destruir ou fortalecer o relacionamento. “Existe aquele que fala irrefletidamente como que com as estocadas duma espada”, diz outro provérbio bíblico, “mas a língua dos sábios é uma cura”. — Provérbios 12:18.

Mesmo que seu cônjuge pareça ser o principal ofensor nesse respeito, pense no que você diz durante uma discussão. Suas palavras ferem ou curam? Provocam a ira ou a aplacam? “A palavra que causa dor faz subir a ira”, diz a Bíblia. Por outro lado, “uma resposta, quando branda, faz recuar o furor”. (Provérbios 15:1) Palavras que ferem, mesmo que ditas com calma, só jogam lenha na fogueira.

Naturalmente, se algo o incomoda, você tem o direito de se expressar. (Gênesis 21:9-12) Mas você pode fazer isso sem recorrer a sarcasmo, insultos e sem rebaixar o outro. Estabeleça firmes limites para si — decida não dizer coisas como “Odeio você” ou “Eu me arrependi de ter casado com você”. E, embora o apóstolo cristão Paulo não estivesse falando especificamente sobre o casamento, convém evitar envolver-se no que ele chamou de “debates sobre palavras” e “disputas violentas sobre ninharias”. (1 Timóteo 6:4, 5) Se seu cônjuge usa esses métodos, você não precisa pagar na mesma moeda. Faça a sua parte para manter a paz. — Romanos 12:17, 18; Filipenses 2:14.

É verdade que na hora da raiva é difícil controlar as palavras. “A língua é um fogo”, diz Tiago, um dos escritores da Bíblia. “Ninguém da humanidade a pode domar. É uma coisa indisciplinada e prejudicial, cheia de veneno mortífero.” (Tiago 3:6, 8) Então, o que você pode fazer quando os ânimos ficam exaltados? Como falar de forma a apagar a fogueira e não alimentá-la?

Nenhum comentário:

Postar um comentário