Talvez tenha ouvido falar de que o sexo é a raiz de muitos problemas maritais, e isto é verdade. Muitas vezes deve-se a conceitos que não são realísticos, patrocinados pelos órgãos de notícia. Livros populares, revistas e filmes apresentam casais que “se enamoram” e depois “vivem felizes para todo o sempre”. A literatura também tem destacado os prazeres sexuais, amiúde criando expectativas além do que a realidade produz. Para ilustrar, certa jovem esposa explicou: “Acho que eu queria que o sexo fosse alguma espécie de sorte grande psicodélica, que fizesse o mundo inteiro iluminar-se como uma máquina eletrônica de diversão. Quero dizer, tudo estava certo, mas eu continuava a pensar: ‘Será que é só isso? É isso realmente tudo o que há?’”
Embora você, como jovem, provavelmente ainda não esteja casado, entende o problema dessa jovem esposa? Sua sobrepujante preocupação era a sua própria satisfação sexual, e ela não ficou satisfeita. Esta é a queixa de muitas mulheres — de que seus maridos não as satisfazem sexualmente. Em tais casos, o que pode a esposa fazer? Diz a Bíblia algo de útil? Veja o encorajamento franco que provê: “O marido renda à esposa o que lhe é devido; mas, faça a esposa também o mesmo para com o marido. Não vos priveis um ao outro disso, exceto por consentimento mútuo.” — 1 Coríntios 7:3, 5.
Segundo este conselho bíblico, se você se casar, deverá preocupar-se em agradar principalmente a quem? Deve ser a você mesmo, assim como foi do interesse primário da já mencionada esposa? Não, mas, antes, a seu cônjuge. O princípio básico aqui, na Bíblia, é o de dar. O bem-estar e o prazer de seu cônjuge, não os seus próprios, são de importância primária. Isso está em harmonia com os princípios bíblicos adicionais: “Que cada um persista em buscar, não a sua própria vantagem, mas a da outra pessoa.” “O amor . . . não procura os seus próprios interesses.” — 1 Coríntios 10:24; 13:4, 5.
Mas, talvez pergunte: “Quando eu me casar, como posso aumentar a minha própria satisfação por procurar agradar minha esposa ou meu marido?” Ora, o gozo das relações maritais depende, em grande parte, da mente e do coração. Portanto, se você considerar as relações sexuais como oportunidade para demonstrar profundo amor ao seu marido, verificará com mais freqüência que, como resultado adicional, você mesma terá maior prazer com as relações. Quando a mente da esposa não se fixa principalmente nas suas próprias sensações, amiúde ela relaxa, e o prazer pessoal que realmente deseja no ato marital pode ser alcançado como conseqüência natural.
O maior instrutor que já andou na terra, Jesus Cristo, indicou que, quando alguém dá de si mesmo, isso por sua vez lhe dá satisfação. Ele disse: “Há mais felicidade em dar do que há em receber.” Vez após vez mostrou-se que este princípio é veraz no que se refere às íntimas relações maritais. — Atos 20:35.
Há outro motivo pelo qual a aplicação do conselho bíblico provavelmente resultará na sua própria satisfação, quando se casar. Fará mais do que qualquer outra coisa para induzir seu marido a agir com altruísmo para com você, mostrando maior consideração pelas suas necessidades e pelos seus desejos. Isto tem acontecido em muitos casamentos. Quem toma a iniciativa em dar, recebe de volta na mesma espécie. Por isso, a Bíblia exorta a demonstração de altruísmo e amor na concessão dos direitos maritais. Lembre-se disso, e assim contribuirá para uma relação feliz, quando se casar.
Talvez tenha ouvido falar de que os maridos amiúde se queixam de que sua esposa é “fria” demais para ser companheira sexual adequada. Sabe onde muitas vezes está a dificuldade nisso? A Bíblia declara: “Os maridos devem estar amando as suas esposas como aos seus próprios corpos. Quem ama a sua esposa, ama a si próprio, pois nenhum homem jamais odiou a sua própria carne; mas ele a alimenta e acalenta.” (Efésios 5:28, 29) Sim, a dificuldade muitas vezes está em que o marido deixa de acatar o que a Bíblia diz ali.
Será que as mulheres precisam realmente ser amadas pelo marido? Precisam mesmo. Conselheiros matrimoniais costumam enfatizar isso. É uma verdade básica: Para as esposas serem realmente felizes, precisam sentir que são amadas. Portanto, se você se casar, lembre-se de que a chave para uma cordial intimidade marital é você satisfazer essa necessidade de sua esposa, de ser amada. A Bíblia exorta os maridos: “Cada um de vós, individualmente, ame a sua esposa como a si próprio.” — Efésios 5:33.
Entretanto, talvez pense que dar à sua esposa sustento material já é evidência bastante de seu amor. Mas, se você lhe negar expressões de afeto, que efeito terá isso sobre ela? A seguinte carta, duma esposa, talvez lhe dê alguma idéia sobre isso. Ela escreveu: “O meu problema é o seguinte: Estou tão faminta . . . de um pouco de lisonja, de elogio, da sensação do braço dele em volta da minha cintura, enquanto cozinho — ou duma oportunidade de me sentar no seu colo. Eu trocaria todas as coisas materiais que possuo por um só abraço afetuoso.”
Sim, as esposas precisam que se lhes mostre amor. Elas desabrocham quando o recebem, ficando mais contentes e amiúde até mesmo fisicamente mais atraentes. Foram criadas com essa necessidade de ser amadas. É por isso que Deus exorta os maridos a amar a sua esposa. A falta de acatamento desse conselho é uma das causas principais da infelicidade encontrada hoje em tantos casamentos. Por quê?
Porque a esposa faminta da ternura e da afeição de seu marido está inclinada a sentir-se insegura e a ter falta de confiança na sua feminilidade. Pode até mesmo criar ressentimento para com seu marido, incluindo talvez até mesmo o desejo subconsciente de se vingar dele, pelo seu descaso.
Talvez pense, porém, que não seria muito varonil se tratasse com amor e ternura a mulher com quem se casou. Talvez tenha até mesmo ouvido dizer que as mulheres gostam mesmo de ser tratadas de modo rude. Mas isto não é verdade. De fato, as relações sexuais podem ser dessatisfatórias e até mesmo desagradáveis para a esposa, quando o marido deixa de reconhecer que ela foi projetada por Deus para corresponder a um homem bondoso que mostra consideração, não a alguém duro e exigente.
O Criador sabia que os maridos, confrontados com tantas idéias errôneas, precisam de instrução sobre como amar sua esposa. Por isso os exorta a mostrar ternura e consideração, dizendo: “Vós, maridos, continuai a morar com [vossas esposas] da mesma maneira, segundo o conhecimento, atribuindo-lhes honra como a um vaso mais fraco, o feminino.” — 1 Pedro 3:7.
Especialmente no que se refere às relações sexuais, é importante que o marido acate esta instrução. Ele deve agir em harmonia com o conhecimento de como Deus fez as mulheres. Elas não costumam ser fisicamente tão fortes como os homens, e emocionalmente são em geral mais delicadas e sentimentais do que os homens. Por isso, Deus diz aos maridos que dêem à sua esposa honra como a um vaso mais fraco, e que respeitem a sua constituição emocional, suas limitações e suas vicissitudes.