terça-feira, 13 de abril de 2010

Viver Juntos — Há Desvantagens?




No livro Unmarried Cohabitation (Coabitar sem se Casar), o pesquisador J. Trost, depois de apresentar dados coletados dum estudo do assunto, revelou que “a freqüência de dissolução entre os coabitantes não-casados é cerca de o dobro da que há entre os casados”.

Jan e Anna viveram juntos por três anos antes de se casarem. Quão estável era o relacionamento inicial deles? “Verificamos que um relacionamento casual apenas deixava a porta dos fundos aberta para outros relacionamentos sem compromisso. Quando a pessoa é apenas coabitante, torna-se mais prontamente disponível para mais alguém.”

Lars e Anette também moraram juntos três anos, antes de se casarem. Afirma Lars: “Quando surgiam problemas, estávamos mais inclinados a fugir um do outro do que a sentar e resolver os assuntos, como tentamos fazer agora, estando casados.” Anette acrescenta: “Não sei quantas vezes fiquei com raiva de Lars, e lhe disse que juntaria minhas coisas e iria embora. Jamais faço isso agora.”

“Minhas coisas”, Anette disse. Isto reflete como os pares não-casados talvez encarem seus pertences — divididos em “minhas” coisas e as “suas”. Alguns guardam cuidadosamente os recibos e gravam ou escrevem seus nomes nas coisas que compram — só como precaução. Parece-lhe isto a base dum relacionamento estável e duradouro?

E o que acontece se chega o momento em que o par resolve separar-se? A partilha dos bens pode ser verdadeiro problema, resultando em discussões e em grandes injustiças. Por exemplo, se a mulher ficou cuidando das crianças e da casa, ela pode correr o risco de ficar destituída dos bens, pois era o parceiro dela quem ganhava dinheiro e comprava a maioria das coisas. Talvez haja pouco que ela possa fazer legalmente, por não serem casados. Assim, que acontece com ela quando se separam?

Alguns casais afirmam que vivem juntos algum tempo só para ver se são compatíveis para o casamento. Acham que, em resultado disso, seu futuro casamento será mais estável. Acontece isto? Por exemplo, será que o índice de divórcios diminuiu nos países em que este costume é comum?

Tome-se a Suécia por exemplo. Os peritos ali calculam que 99 por cento de um grupo atual de recém-casados já viviam juntos antes de se casar. Se a coabitação sem matrimônio resulta em casamentos mais seguros, então seria de esperar que a taxa de divórcios naquele país decrescesse. Todavia, as estatísticas mostram que, nos 25 anos decorridos entre 1958 e 1983, ao passo que o número anual de casamentos diminuiu de 50.785 para 36.210, o total de divórcios aumentou de 8.657 para 20.618. Assim, indicam os fatos que viver juntos tenda a resultar em casamentos mais estáveis?

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