sábado, 3 de abril de 2010

DETERMINAR A VALIDEZ DO CASAMENTO




 Confrontado com tais circunstâncias, o que deve fazer o cristão? Certamente não pode desconsiderar o existente estado de coisas, se desejar que seu matrimônio seja honroso “entre todos”. Não pode ‘fazer o tempo voltar atrás’, aos dias em que as autoridades civis não eram encaradas como fator importante na validação do casamento. No entanto, surgem as perguntas: Deve-se encarar a decisão das autoridades civis como absolutas na determinação de se o casamento é válido — quer no seu começo, quer quando talvez acabe em divórcio? Até que ponto é Deus afetado pela decisão delas?

 Na realidade, será que as autoridades civis têm a última palavra quanto a se Deus aceita ou rejeita a validez dum casamento (ou dum divórcio)? Podemos ver que, se isto fosse assim, poderia haver consideráveis incoerências quanto ao que se requer para obter a bênção de Deus sobre o casamento. Por quê? Porque os conceitos das autoridades civis divergem grandemente, de lugar em lugar, muitas vezes estando inteiramente em conflito uns com os outros, e, o que é mais importante, às vezes contradizendo as normas contidas na Bíblia.

 Em alguns países, por exemplo, a poligamia é aprovada legalmente e cada esposa dum polígamo é considerada como legal e como estando na mesma situação de qualquer outra de suas esposas. No entanto, Cristo Jesus e o inspirado apóstolo Paulo mostraram que a norma de Deus é que o homem tenha apenas uma só esposa. — Mat. 19:4, 5; 1 Cor. 7:2; 1 Tim. 3:2.

 Também, alguns países permitem que alguém se divorcie de seu cônjuge por uma série de motivos, às vezes pelas mínimas razões. Outros, em contraste, não reconhecem o direito da pessoa, de se divorciar de seu cônjuge, mesmo por motivo de infidelidade sexual, ficando assim livre para se casar de novo. A Bíblia, por outro lado, diz que há apenas um motivo válido para o divórcio, a saber, a fornicação, e ela mostra que aqueles que se divorciam por tal razão ficam livres para se casarem de novo. (Mat. 5:32; 19:3-9) Assim, em alguns casos, o que o Estado aprova, Deus desaprova, e em outros, o que o Estado não permite, Deus permite.

A evidência, pois, indica o fato de que a posição do Estado civil, em determinar a validez do casamento (ou do divórcio), é apenas relativa, ao passo que a de Deus é absoluta. Para se obter um conceito equilibrado sobre a autoridade relativa do Estado (chamado de “César” na Bíblia) neste assunto, é de proveito considerar exatamente qual o interesse que os governos civis têm no campo do casamento, o que os preocupa em especial e em que sentido o cristão pode passar a ter obrigação para com eles, neste campo.

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