sábado, 24 de abril de 2010

Como ajudar os filhos do divórcio



“Certa vez, quando eu tinha cerca de três anos, papai veio pegar-me para uma visita. Ele me levou a passear e me comprou uma boneca, que tinha um lindo vestido vermelho, e me trouxe de carro para casa. Ficamos sentados dentro do carro por algum tempo. Mas, assim que mamãe veio pegar-me, ela e papai começaram a berrar um com o outro e a discutir pela janela do carro — e eu bem no meio.

“Subitamente, papai abriu bruscamente a porta e me empurrou para fora do carro. Fazendo cantar os pneus, ele arrancou. Eu nem sabia o que estava acontecendo. Mamãe nem sequer me deixou desembrulhar minha boneca nova. Nunca mais vi a boneca depois disso. E não voltei a ver meu pai senão quando tinha 19 anos.” — Heidi.

“O TEMPO sara todas as feridas”, diz um velho ditado. Isso acontece realmente? Ou sofrem os filhos danos irreparáveis com o divórcio dos pais?

De acordo com The Journal of Social Issues, muito depende do que acontece depois do divórcio. Declara: “Os relacionamentos familiares que surgem depois do divórcio atingem os filhos tanto, ou mais, do que o próprio divórcio.”

No caso de Heidi, o divórcio dos pais foi somente o começo de seus problemas. Como muitas vezes acontece, o segundo casamento de sua mãe não deu mais certo do que o primeiro, e nem o terceiro. A infância de Heidi era como um passeio acidentado de montanha-russa, o qual foi passando dos berros para a quebra de pratos, e daí para solitários dias de verão num apartamento vazio, em que ela ficava imaginando temerosamente quando — e se — a mãe dela voltaria para casa.

Há muita coisa que os pais podem fazer para poupar os filhos de tão turbulentas seqüelas do divórcio. O divórcio, afinal de contas, põe fim ao casamento e não à paternidade e à maternidade.

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