segunda-feira, 5 de abril de 2010

A armadilha do Divórcio




ANDRÉ e Ana formavam um casal maravilhoso. Ana era mais quieta e mais ponderada do que o marido, mas a sua calma jovial parecia o complemento ideal para a personalidade mais extrovertida de André, com sua energia e humor irreprimíveis. Os olhos dela se iluminavam em sua presença. E qualquer pessoa podia ver que ele era louco por ela.

Depois de sete anos, contudo, o casamento deles começou a desmoronar. André arranjou um novo emprego que consumia a maior parte de seu tempo. Ana passou a ressentir-se das novas preocupações dele com o trabalho, e das muitas vezes que chegava tarde da noite em casa. Tentou “preencher o vazio”, como se expressou, mergulhando de cabeça na sua própria carreira. Mas, em pouco tempo, André começou a chegar em casa cheirando a álcool, explicando que tinha saído com colegas de negócios. O problema com as bebidas se agravou, e Ana por fim se mudou do apartamento deles. André logo entrou em depressão. Em questão de meses, estavam divorciados.

Para muitos, esta história talvez pareça familiar demais. Como vimos, as taxas de divórcio subiram vertiginosamente em todo o mundo. E, sem dúvida, alguns divórcios são inevitáveis ou necessários. A Bíblia não proíbe categoricamente o divórcio, como muitos presumem. Suas normas são justas e razoáveis, permitindo o divórcio à base de adultério (Mateus 19:9); seus princípios também permitem a separação marital sob certas circunstâncias extremas, tais como maus-tratos físicos. (Veja Mateus 5:32; 1 Coríntios 7:10, 11.) Mas estes não foram os princípios observados no divórcio de André e Ana.

André e Ana eram cristãos e, anteriormente, respeitavam o casamento como sagrado. Mas, como todos nós, viviam num mundo que prega uma ética diferente — que o casamento é descartável e o divórcio um meio de livrar-se dele. Todo ano, este modo de pensar influencia milhares de casais a divorciar-se por motivos nada sólidos, nada bíblicos. E muitos vêm a compreender — tarde demais — que a sua atitude “moderna” e “esclarecida” para com o divórcio os atraiu a uma armadilha.

Armadilha? ‘Uma palavra horrível’, alguns talvez digam. Você talvez ache, como muitos hoje em dia, que o divórcio é simplesmente um modo civilizado de livrar-se de um casamento infeliz. Mas, apercebe-se do lado mais obscuro do divórcio? E já notou quão sutilmente o mundo atual pode moldar nossas noções sobre o divórcio — sem que nos demos conta disso?

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