quarta-feira, 31 de março de 2010

Catástrofe Financeira

Lenore Weitzman concluiu adicionalmente que o divórcio também é uma “catástrofe financeira” para as mulheres nos Estados Unidos. Em média, reduz à metade seus recursos para coisas essenciais como alimento, moradia e aquecimento. O padrão de vida delas, descobriu a autora, caiu assustadoramente 73 por cento depois do divórcio!

Ela esperava constatar que as modernas e “esclarecidas” leis do divórcio servissem de proteção para as mulheres. Em vez disso, ela descobriu que as mulheres se queixavam de sentir-se desesperadas e carentes após o divórcio. Mencionavam ter de repentinamente recorrer a programas de seguridade social, a cupons para distribuição de alimentos, a albergues e a sopas de caridade. Setenta por cento das mulheres entrevistadas disseram que se sentiam constantemente preocupadas com o pagamento das contas no fim do mês. Algumas se sentiam aterrorizadas, frustradas e até mesmo impossibilitadas, junto com os filhos, de se associarem com outros, sem dispor de tempo algum para si mesmas.

Um rapaz a quem chamaremos de Paulo, cujos pais se divorciaram quando ele tinha oito anos, relembra: “Depois que meu pai saiu de casa, bem, sempre tínhamos o que comer, mas, subitamente, uma latinha de refrigerante era um luxo. Não podíamos comprar roupas novas. Minha mãe tinha de fazer todas as camisas para nós. Quando vejo as nossas fotos daquele tempo, é um quadro triste, de pessoas de aspecto doentio.”

Visto que a maioria das mulheres fica com a guarda dos filhos, e o pai em muitos casos deixa de pagar a pensão alimentícia deles, decretada pelos juízes das Varas de Família — que, não raro é bem pequena — existe maior probabilidade de que o divórcio deixe as mulheres mais empobrecidas do que os homens. Todavia, é possível que o divórcio tampouco enriqueça os homens. O livro Divorced Fathers (Pais Divorciados) comenta que apenas as despesas legais podem consumir a metade da renda líquida anual dum homem. O divórcio também é emocionalmente devastador para maridos e pais. Muitos sentem-se arrasados por serem reduzidos a meros visitantes na vida dos filhos.

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