Tanto homens como mulheres de mentalidade voltada prioritariamente para a carreira não hesitam em sacrificar a família em prol do trabalho. Assim, eles inibem a comunicação na família. Cansado após um dia de trabalho, o marido enterra a cabeça no jornal. Junichi e sua esposa administravam três restaurantes e trabalhavam das oito da manhã às dez da noite em lugares diferentes. “Praticamente não havia comunicação entre nós como marido e mulher”, admite Junichi. Essa falta de comunicação gerou graves problemas conjugais.
Outro fator que leva ao rompimento dos vínculos conjugais é o conceito das pessoas sobre sexo extraconjugal. O sexo fora do casamento já é tão comum que 20 por cento dos homens e 8 por cento das mulheres entrevistados numa pesquisa no Japão admitiram ter tido contatos sexuais fora do seu relacionamento monogâmico no ano anterior. O caso da mulher de carreira no Japão, casada, que saía com outros homens não é incomum. Ela tinha casos com um homem após outro e pensava: “Se meu marido descobrir, simplesmente me divorcio.” A sociedade moderna faz vista grossa a essas aventuras amorosas.
Essa mesma sociedade promove a atitude do primeiro-eu, de modo que marido e mulher se tornam egocêntricos, o que, por sua vez, gera incompatibilidade, outra causa de divórcio. “Poderíamos ter-nos separado em qualquer época”, diz Kiyoko. “Assim que nos casamos, meu marido mandou-me agir como robô e fazer exatamente o que me mandasse. Quando as coisas iam bem para ele, a situação não era muito ruim, mas, quando ficavam difíceis, não admitia suas faltas e punha a culpa de tudo nos outros. Eu também era culpada, visto que me rebelava contra a autoridade. Achava muito difícil obedecer ao meu marido quando ele era injusto.”
Outros motivos de divórcio são violência e embriaguez, problemas financeiros, dificuldades com parentes afins e abusos mentais.
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