Quando um romance chega à encruzilhada da decisão, não é incomum que surjam dúvidas. Que fazer se tais dúvidas procedem de graves falhas na pessoa com quem você namora, ou de falhas do próprio relacionamento?
Por exemplo, é verdade que até pessoas que se amam podem discordar às vezes. (Compare com Gênesis 30:2; Atos 15:39.) Mas se vocês discordam em quase tudo, se cada discussão se transforma em disputa de quem grita mais alto, ou se seu relacionamento é um infindável ciclo de rompimentos e de fazer as pazes, tome cuidado! Uma pesquisa feita junto a 400 médicos revelou que as brigas constantes são forte indício de “despreparo emocional para o casamento”, talvez até mesmo revelando um “conflito irreconciliável entre o casal”.
Outro motivo de preocupação pode ser que você descobriu perturbadoras falhas na personalidade do prospectivo cônjuge. A demonstração dum temperamento violento, ou mesmo indícios de egoísmo, de imaturidade, dum gênio temperamental, ou de teimosia, podem fazer com que você fique imaginando se quer mesmo passar o resto da vida com tal pessoa. Todavia, muitas pessoas despercebem ou tentam justificar tais falhas e parecem determinadas a fazer com que o relacionamento dê certo a todo custo. Por que isto se dá?
Visto que o namoro é levado a sério entre os verdadeiros cristãos — como realmente deveria ser — alguns se sentem pressionados a casar-se com a pessoa que namoram. Pode acontecer que também receiem enfrentar tal pessoa, e talvez feri-la. É possível que outros simplesmente receiem não encontrar mais ninguém com que se casar. Todavia, estes não são bons motivos para se prolongar um namoro cheio de problemas.
O propósito do namoro é examinar a possibilidade de casamento com alguém. E, caso um cristão inicie um relacionamento em boa fé, ele ou ela não tem obrigação alguma de prosseguir, se notar que é falho. Ademais, não seria errado e egoísta prolongar um relacionamento que se deteriora sob a premissa de que ‘talvez eu não encontre outra pessoa’? (Compare com Filipenses 2:4.) É, assim, importante que enfrentem — e não fujam de — seus problemas como par. Comece por fazer uma análise profunda da pessoa com quem você está saindo.
Por exemplo, há evidência de que ela é uma mulher que será uma esposa submissa e capaz? (Provérbios 31:10-31) Há evidência de que ele é um homem que mostrará amor abnegado e que será um provedor capaz? (Efésios 5:28, 29; 1 Timóteo 5:8) A pessoa talvez afirme ser um servo zeloso de Deus, mas existem obras que apóiem tal afirmação de fé? — Tiago 2:17, 18.
Naturalmente, se você tiver investido muito tempo e emoção em cultivar um relacionamento, não se precipite em rompê-lo só porque descobriu que ele ou ela não é perfeito. (Tiago 3:2) Talvez as falhas de tal pessoa são falhas que você conseguirá suportar.
E se não forem? Procure dialogar sobre tais assuntos. Existem diferenças fundamentais entre vocês quanto a alvos ou conceitos? Ou tem havido simples mal-entendidos? Poderia ser um caso de ambos aprenderem a ‘reprimir seu espírito’ e resolver os assuntos com mais calma? (Provérbios 25:28) Se irritantes singularidades de personalidade deixam você preocupado(a), será que ele ou ela admite humildemente as próprias falhas, e demonstra desejo de melhorar? Será que, de sua parte, existe a necessidade de ser menos sensível, menos melindroso(a)? (Eclesiastes 7:9) ‘Suportarem um ao outro em amor’ é a essência do bom casamento. — Efésios 4:2.
Longe de destruir seu relacionamento, falar francamente sobre os assuntos bem que poderá revelar o potencial que tal relacionamento apresenta para crescimento futuro! Mas se tal consideração simplesmente resultar em outra frustradora interrupção do namoro, não desperceba os claros sinais de impendente desastre. (Provérbios 22:3) Não é provável que as coisas melhorem depois do casamento. Talvez seja nos melhores interesses de ambos romper definitivamente tal namoro.
terça-feira, 6 de abril de 2010
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