O Brazil Herald aponta para os líderes da oposição, declarando que o Brasil é “o maior país predominantemente católico do mundo”, e declara: “A oposição da Igreja tem sido ruidosa. Dom Ivo Lorscheiter, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, . . . disse que a igreja continuaria a opor-se ao divórcio.”
Não é de admirar que as procissões de Corpus Christi (Corpo de Cristo) de 1977, no Brasil, transformaram-se em manifestações contra o projeto de divórcio! Em Belo Horizonte, cerca de 100.000 pessoas se reuniram num enorme estádio de futebol. Quinze mil se agruparam em Curitiba, e cerca de 10.000 no Rio de Janeiro. Mas, tendo-se presente que tais cidades pululam de milhões de católicos nominais, esse número de pessoas presentes era sinal de fracasso. Certa revista popular resumiu tal campanha por afirmar que “a Igreja jogou todo o seu peso e o seu prestígio contra o divórcio . . . e perdeu”.
Também, a imprensa revelou algumas das falhas dos argumentos antidivorcistas. Dizia um editorial de O Estado de S. Paulo: “Embora lamentando sinceramente o processo da desintegração da instituição familiar, julgamos que não cabe ao Estado temporal, que governa uma sociedade espiritualmente pluralista, como a brasileira, impor . . . a todos os cidadãos, mesmo aos não-católicos, agnósticos, ateus, protestantes e católicos não-praticantes, a legislação matrimonial de uma só religião.” Referindo-se à situação antes da introdução do divórcio legal, este jornal chamou “as múltiplas e farisaicas formas de divórcio, tal como se apresentavam entre nós, [de] fonte de caos social”. Anteriormente, era costumeiro os casais se separarem, amiúde sem a obtenção de uma separação legal, e passarem a viver com outros cônjuges, assim, efetivamente, criando duas famílias sem reconhecimento legal. Mas, que dizer das objeções suscitadas pela Igreja Católica?
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil publicou uma declaração de que “quem defende ou pratica o divórcio opõe-se à orientação divina e priva-se da comunhão com a Igreja [Católica]”. Fez-se referência às palavras de Jesus Cristo: “Portanto não separe o homem o que Deus juntou”. (Mat. 19:6, Matos Soares) Assim, os líderes eclesiásticos objetaram à dissolubilidade do vínculo matrimonial, enquanto fecham os olhos ao concubinato e à imoralidade bem amplos. Mas, queria Jesus dizer que todo divórcio é incorreto?
segunda-feira, 5 de abril de 2010
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