quarta-feira, 21 de abril de 2010

“Todos Querem Mais”



Já notou a ênfase crescente ao próprio ego que permeia o modo de pensar moderno? “Os casamentos sucumbem”, observa Erica Abeel, na revista New York, “porque somente um relacionamento perfeito satisfaz. Ninguém quer serenar os ânimos ou acomodar-se — todos querem mais. O impulso para ‘mais’ provém mormente da psicoterapia. . . . Infelizmente para um casamento, porém, ‘mais’ amiúde significa mais para mim, ao invés de mais para nós. E a esposa talvez tenha um conceito muito diferente de ‘mais’ do que seu marido.” Em consonância com isso, há os comentários de Joseph Epstein, autor do livro Divorced in America (Divorciados nos EUA; 1974):
“Terapia é a nova religião, e terapia é o ego . . . como eu me saio? A nova era da psicologia lhe manda cuidar do Número Um. Toda essa atenção para o ego é muito abrasiva num casamento.”
A ênfase corrente ao ego engana muitos incautos cônjuges a pensar que estão perdendo o máximo em satisfação pessoal. Ficam “entediados” com suas responsabilidades no trabalho e em casa. Daí, surge a demanda de mais satisfação durante as relações sexuais, para maior consecução” em tudo. E o que acontece quando tais demandas não são satisfeitas?
Considera-se corajoso dirigir-se a um tribunal divorcista. “Para muita gente”, explica um escritor em Atlantic, “o divórcio é uma espécie de título honorífico, um sinal de crescimento e auto-análise e mudança, um gesto desafiador ao casamento”.
Seria o divórcio “um sinal de crescimento” para o leitor? Ou, existe, talvez, melhor meio de lidar com seus problemas maritais?

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