segunda-feira, 26 de abril de 2010

O que está por trás de tudo?

Apesar de serem variados os motivos do divórcio, há algo mais por trás do surto mundial. Embora o Oriente ponha a culpa por seus infortúnios na sociedade Ocidental, a aceitação do divórcio no Ocidente é um fenômeno recente. De fato, o número de divórcios nos Estados Unidos triplicou e na Grã-Bretanha quadruplicou apenas nas últimas décadas. Andrew J. Cherlin, do Instituto Urban (organização de pesquisas que investiga problemas sociais e econômicos nos Estados Unidos), embora admita que as causas do aumento de divórcios não sejam bem entendidas, inclui “a independência financeira cada vez maior das mulheres” e “mudanças na atitude da sociedade em geral” entre os fatores por trás dessa tendência.
Para as mulheres nos Estados Unidos, bem como para as em outros países industrializados, já não é incomum serem casadas e trabalharem fora. Entretanto, a parcela do marido nas tarefas domésticas tem aumentado muito devagar. Não é de admirar que algumas mulheres resmunguem: “O que toda mulher que trabalha fora mais precisa é de uma esposa!”
Enquanto as mulheres se matam de trabalhar lavando roupas, fazendo limpeza, preparando refeições e cuidando dos filhos, nos Estados Unidos, “muitos homens passam o tempo à toa”, diz o livro (em inglês) A Família Americana em Transformação e Política Pública. Isso acontece no mundo todo, dizem os antropólogos. No Japão é comum os homens saírem para atividades sociais após o trabalho. Alegam que isso é uma necessidade para que haja bom entrosamento no local de trabalho, ao passo que ignoram o bom entrosamento em casa. Visto que os homens, segundo sua lógica, são o ganha-pão, as mulheres e os filhos não se devem queixar. No entanto, já que mais mulheres trabalham fora, fica evidente que esse raciocínio não passa de uma desculpa.
Outro importante fator que contribui para o fracasso conjugal são as “mudanças na atitude da sociedade em geral” ou, como diz a revista Journal of Marriage and the Family, “um declínio no ideal da permanência conjugal”. Para os noivos da década de 90, o tradicional voto de casamento de “até que a morte nos separe” já não significa exatamente isso. Eles continuam à procura de um cônjuge melhor. Se é assim que os recém-casados encaram seu vínculo, quão forte este será?
Essas mudanças sociais de modo algum são surpreendentes para os estudantes da Bíblia. Esse livro inspirado revela que desde 1914 vivemos nos “últimos dias”, que são “tempos críticos, difíceis de manejar”. As pessoas são ‘amantes de si mesmas, ingratas, desleais, sem afeição natural, não dispostas a acordos’. (2 Timóteo 3:1-3) Portanto, para pessoas que amam mais a si mesmas do que ao cônjuge, que se tornam desleais ao cônjuge, e que não conseguem entrar em acordo no casamento, o divórcio se torna a única saída dos seus problemas conjugais.

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