“Não tínhamos uma clara noção do que é realmente o casamento”, admite uma adolescente. “Pensávamos que podíamos entrar e sair de casa quando quiséssemos, fazer o que bem entendêssemos, lavar ou não a louça, mas não é nada disso.” Muitos jovens nutrem tais conceitos imaturos sobre o casamento. Imaginam tratar-se duma fantasia romântica. Ou sobem ao altar porque desejam o status de parecerem adultos. Ainda outros simplesmente desejam fugir duma situação ruim em casa, na escola, ou na comunidade. Uma jovem confidenciou a seu noivo: “Vou ficar muito contente quando nos casarmos. Daí, não vou mais precisar fazer decisões!”
Mas o casamento não é uma fantasia, nem uma panacéia para todos os problemas. Representa, isto sim, todo um conjunto de novos problemas a enfrentar. “Muitas adolescentes se casam para brincar de casinha”, diz Vitória, que teve seu primeiro filho aos 20 anos. “Oh! Parece tão divertido! Você imagina um bebê como se fosse uma boneca, algo tão bonitinho e com que você apenas brinca, mas não é nada disso.”
Muitos jovens também demonstram ter expectativas irreais com respeito às relações sexuais. Disse um rapaz que se casou aos 18 anos: “Depois que me casei, descobri que a grande vibração do sexo acaba logo, e daí passamos a ter problemas reais.” Um estudo feito sobre casais adolescentes comprovava que, depois dos problemas financeiros, a maioria das discussões girava em torno das relações sexuais. Sem dúvida isto se dá porque satisfatórias relações maritais resultam do altruísmo e do autodomínio — qualidades que os jovens muitas vezes deixam de cultivar.
quinta-feira, 18 de março de 2010
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